segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Gangorra da Vida



Gangorra da vida...

Na vida, a única coisa certa é a morte. Pensando nisso friamente chego a conclusão de que a vida realmente é louca. Vivemos procurando acertar, fazer as coisas funcionarem, colocar as idéias no lugar e acertadamente tomar as decisões. Porem, a única coisa certa na vida é um antagonismo gritante, a morte.

Vivemos um paradoxo diário, lutando para que nada de ruim nos aconteça, mas fazendo o mal aos outros. Passamos a vida toda acabando a nossa saúde para juntarmos dinheiro e na velhice, gastarmos tudo com médicos e hospitais. Queremos sempre ser melhor do que o colega ao lado, mas sabemos que no final das contas acabaremos todos na mesma situação, mortos debaixo da terra.

Quando penso em tudo isso, chego a conclusão que melhor é não pensar em mais nada, até por que sempre aparecem tantas idéias e divagações que nunca consigo concluir um raciocínio de maneira eficaz. Quando nasci, todos sorriam, apenas eu chorava, quando morrer, todos irão chorar, porem eu estarei sorrindo. Acho que, na verdade, é a vida a única coisa certa na morte. Isso explica nossa necessidade de viver e vencer. Quando nascemos estamos morrendo e quando morremos nascemos para o que realmente interessa e é importante. Pois, nada que juntamos na terra, levamos conosco, tudo fica e é devorado pelos gananciosos mortos que nesse mundo vivem.

Esse paradoxo grosseiro que supostamente vivemos, nos serve de lição, aprendizado e teoria. Quando enfim, voltarmos para o que achamos que é a morte, veremos o que fizemos do que achamos ter sido nossas vidas, aprenderemos com nossos erros e assim caminharemos não rumo a perfeição por ser ela inatingível, porem, o mais longe possível da imperfeição.

E ai, voltaremos a morrer e a nascer, vezes e vezes, incansavelmente. Até, quem sabe um dia, não precisarmos mais viver essa gangorra da vida e da morte, tão dolorosa, mas não menos necessária para o aprendizado. Afinal de contas, essa é a razão da vida que é a única coisa certa na morte, e da morte, que é a única coisa certa na vida. Pois uma não existiria sem a outra.

Dessa vez, cheguei a uma conclusão. A morte completa a vida assim como a vida o faz com a morte. Os antagonismos, de tão opostos, se atraem e em uma regra matemática ainda desconhecida, acabam se anulando, ou se completando. Como queiram...

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