quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Vida, vida completa

Vida, vida louca. Vida leve, vida me leve. Já que eu não posso, vem me buscar e me deixar a toa, na boa, nas águas de março, que se estende a abril abrindo o outono.

Vida, vida louca, leve, solta, boba, quase um segundo, por pouco louca, mas ainda suficientemente normal e estranhamente astral.

Vida, vida leve. Leve a dor para que o amor floresça, cresça, brote, desabroche como rosa, como flor de cor clara, que não para e encanta e canta.

Vida, vida pouca. Cheia de medo, cheia de tristeza, que se vá, para lá e para longe, distante de mim, que vim e venci e assim se foi, passou, passou.

Vida, vida estranha. Sem explicação como canção sem refrão que toca e canta a historia do certo, do errado ou do certo alguém, vida que vai e vem, que vai e passa, repassa, que laça e amarra e assim acaba, mas sem explicar. Então, que se vá.

Vida, vida linda. Brisa do mar, luz do luar, balanço das árvores, canto dos mares, belo, singelo beija-flor namorador. Beijo de namorada, vontade afagada, lírios, brilhos, estrelas cadentes, escolas circenses.

Vida, vida toda. De cabo a rabo, não mais que o suficiente, não mais que derrepente, vida feliz, assim espero chegar do lado de lá, pronto pra recomeçar.

Vida, vida completa. Repleta de vida, vivida.