quarta-feira, 17 de março de 2010

Todos foram tão cretinos quando elas se beijaram

Todos foram tão cretinos quando elas se beijaram.

Todos foram tão vis, julgando. Julgadores impiedosos que esqueceram e esquecem de que o amor não tem fronteiras, de que a felicidade ultrapassa as barreiras sociais da hipocrisia humana. Sabem e conhecem, mas viram o rosto para as verdades escancaradas por trás da nuvem de valores pouco sólidos impostos por um monte de gente mal amada que prefere viver em mundo em tons cinza, estranhamente esculpido por mãos pouco talentosas, do que aceitar a verdade e deixar que cada um viva seus propósitos e suas intenções deixando, assim, o mundo mais cheio de cor.

Aqueles olhos arregalados, aquelas cabeças balançando de um lado para o outro, negativamente, o murmurinho das vozes e o assombro. Espantados, entreolhavam-se com ares de superioridade e apontavam aquelas duas almas, desarmadas que, ligadas uma à outra por um simples gesto de afeto e carinho, pareciam afrontar a hipocrisia humana que apontada a elas como fuzis militares, vestidos com suas baionetas, as repreendiam de forma dura.

A elas, restava olhar de volta, encarar as armas da maldade com uma flor na mão e com um gesto, demonstrar a eles o que elas tinham de melhor, o amor. Afinal de contas, cada um dar o que tem.

Não adiantava sair gritando contra os que atiravam pedras imaginárias, aqueles olhares daquelas pessoas traduziam exatamente o que elas eram. Não adiantava levantar cartazes e fazer protestos, sair às ruas tentando provar seus pontos de vistas e seus direitos de, simplesmente, serem felizes. As pessoas não entenderiam. Elas ainda não estão prontas, pelo menos, não por enquanto.

Mas um dia, eles chegarão lá. Terão que encarar em seu dia a dia, dentro de suas casas, vendo seus filhos mudarem a realidade dos preconceitos para, só então, aprenderem que tudo o que precisamos é de amor e que, a medida de amar é amar sem medida.

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